As superbactérias, também conhecidas como bactérias multirresistentes, são micro-organismos que diferem das bactérias comuns. Elas recebem esse nome, pois desenvolveram resistência a múltiplos antibióticos, dificultando o seu controle e erradicação.
Neste artigo, traremos uma série de informações úteis a respeito do assunto. Conheça as causas e origens, riscos à saúde pública, mecanismos de resistência, prevenção, controle e desafios. Continue a leitura para saber mais!
A superbactérias, ou bactérias multirresistentes, são cepas bacterianas que desenvolveram resistência a múltiplos antibióticos. Assim, o tratamento com medicamentos convencionais se torna mais difícil.
A resistência aos antibióticos acontece naturalmente devido a processos evolutivos, porém o uso inadequado e excessivo de antibióticos — tanto na medicina humana, quanto na veterinária e na agricultura — acelera esse processo, favorecendo o surgimento de cepas resistentes.
Desta forma, todas essas cepas que oferecem maior resistência ao uso de antibióticos tradicionais são chamadas de superbactérias. Essa resistência costuma estar associada a mecanismos genéticos que permitem às bactérias sobreviverem aos efeitos dos antibióticos, seja por meio da produção de enzimas que inativam os medicamentos, mudanças nos sítios de ligação das bactérias ou outros mecanismos de evasão.
Como destacamos, uma das principais causas está associada ao uso inadequado e/ou excessivo de antibióticos. No Brasil, uma medida criada com o propósito de minimizar os danos causados pelo uso indiscriminado desse tipo de medicamento foi a RDC 44, de 26 de outubro de 2010, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que criou normas específicas relacionadas a comercialização de antibióticos.
Desde a entrada em vigor dessa norma, os antibióticos só podem ser vendidos em farmácias e drogarias mediante a apresentação de uma receita de controle especial em duas vias. Isso reduziu significativamente a ocorrência de vendas de medicamentos sem prescrição médica.
Condições ambientais também desempenham um papel importante, à medida que os ambientes com altas concentrações de antibióticos, como hospitais, criam um terreno propício para o desenvolvimento de bactérias multirresistentes.
As superbactérias representam uma ameaça significativa à saúde pública em face à dificuldade de ter sucesso no combate e tratamento. Assim, infecções comuns como pneumonia e infecções urinárias podem se tornar letais em razão da resistência à ação de antibióticos comuns.
Além de aumentar os índices de mortalidade, tal situação pode representar um aumento no número de pessoas que buscam a saúde pública, sobrecarregando estes sistemas. Conheça alguns exemplos de infecções resistentes a antibióticos comuns:
Entre os mecanismos de resistência e adaptabilidade das superbactérias estão a mutação genética, a transferência de genes, a produção de enzimas destruidoras de antibióticos, a existência de bombas de efluxo, modificação do alvo do antibiótico e a formação de biofilmes. Entenda!
Para prevenir e controlar o avanço das superbactérias é necessário estabelecer uma abordagem multifacetada. Isso inclui, dentre outras ações, a promoção e conscientização quanto ao uso responsável de antibióticos, a implementação de boas práticas de higiene, a regulamentação do uso dos medicamentos e o estudo e busca constante pelo desenvolvimento de novos antibióticos.
A comunidade científica tem trabalhado para desenvolver novos tratamentos, como as terapias baseadas de bacteriófagos — focadas em bactérias específicas.
Pesquisadores de todo o mundo têm trabalhado na busca de probióticos e terapias combinadas, na esperança de encontrar alternativas eficientes no combate conta as superbactérias.
O impacto global das superbactérias é uma situação real e precisa ser objeto de políticas internacionais conjuntas. A cooperação internacional é fundamental no controle da propagação, bem como no desenvolvimento de medicamentos e tecnologias em saúde.
Outro aspecto importante, e desafiador, especialmente em países que têm uma estrutura mais “fechada”, é a necessidade de compartilhamento de dados de incidência e propagação de bactérias localmente.
É consenso entre os pesquisadores e especialistas na área de saúde a necessidade de estabelecer uma abordagem adaptativa. A rápida evolução bacteriana requer vigilância, inovação e colaboração constante para teremos os elementos necessários e combater o problema.
Além disso, a conscientização da população e dos profissionais da área da saúde com relação aos riscos relacionados ao excesso de contato com antibióticos também é um tema a ser debatido a fim de mitigar riscos de desenvolvimento de novas cepas de bactérias multirresistentes.
Como você viu, as superbactérias são um problema de saúde que pode impactar fortemente a saúde pública e a vida dos cidadãos comuns. Neste contexto, uma ação coordenada nacional e globalmente e a implementação de pesquisas e inovações contínuas são essenciais para enfrentar o problema e garantir a eficácia contínua dos tratamentos com antibióticos.
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