Segurança do paciente na troca de plantões

A segurança do paciente é, inegavelmente, uma das partes centrais da qualidade na assistência à saúde. Este tema tem uma relevância contínua e crescente, sendo alvo de iniciativas globais como as chamadas Metas Internacionais de Segurança do Paciente, estabelecidas pela Joint Commission International (JCI), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e as regulamentações da Anvisa e do Ministério da Saúde. Afinal, a ocorrência de Eventos Adversos (EAs) compromete a recuperação do paciente, gera custos significativos e desgaste para a equipe de saúde.

Alguns estudos indicam que a comunicação ineficaz é uma das principais causas-raízes de mais de 70% dos erros na atenção à saúde, respondendo por uma parcela alarmante dos incidentes. Portanto, o momento da troca de plantão, que consiste na transição de responsabilidade e informação entre as equipes de enfermagem e multiprofissional, configura-se como um ponto de atenção.

Em unidades hospitalares, a perda de informações impacta diretamente na continuidade do cuidado, seja no centro cirúrgico, na UTI ou mesmo na atenção primária. Por isso, a troca entre turnos em todos os departamentos do hospital exige o mesmo rigor na passagem de dados para evitar perdas informacionais.

Por exemplo, em ambientes como o centro cirúrgico, a comunicação da equipe de cirurgia para a recuperação pós-anestésica e posteriormente para a unidade de internação, é decisiva para o sucesso da cirurgia. Afinal, a falha em reportar uma alergia, um medicamento de alto risco que foi administrado ou uma alteração em um dado importante equivale à omissão do cuidado.

 

Protocolos de segurança na transição

Para mitigar esses riscos, a adoção de protocolos padronizados e estruturados para a passagem de plantão é muito importante. Nesse contexto, a comunicação desempenha um papel indispensável, funcionando como uma barreira de segurança contra falhas.

O alinhamento entre as equipes é necessário para fazer com que as informações sobre o estado clínico, medicações e tratamentos em curso sejam preservadas e comunicadas com exatidão. Portanto, para uma transição de cuidado eficaz, é preciso certificar que o processo seja:

  • Padronizado: utilizar formulários e estruturas que assegurem que nenhuma informação relevante seja esquecida. Os prontuários devem estar sempre atualizados, legíveis e organizados de forma cronológica, com informações fidedignas e terminologias apropriadas.
  • Estruturado: fazer a passagem em ambientes sem interrupções e, idealmente, à beira-leito, para validação com o paciente e a família quando apropriado. Além disso, a troca de plantões em grupo pode melhorar a comunicação e a qualidade da assistência, minimizando as intermissões. É importante que os grupos permaneçam no plantão até a chegada dos substitutos e comuniquem a direção técnica em caso de atraso.
  • Completo: abordar todos os aspectos pertinentes, desde a evolução clínica até as pendências de cuidados, como a segurança do paciente na administração de medicamentos com bomba de infusão até a checagem de resultados de exames. Outros exemplos de informações a serem transmitidas são: histórico da doença, resultados de exames físicos e sinais vitais, diagnóstico diferencial, intervenções e exames solicitados ou pendentes, resumo de intercorrências durante o plantão, alergias medicamentosas e queixas.

 

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Capacitação para reforçar a segurança

Com o intuito de que esses protocolos se tornem parte integrante da rotina, é válido investir em uma cultura de segurança e capacitação. Um curso periódico sobre gestão de riscos e comunicação efetiva para toda a equipe é uma estratégia a ser considerada. Consequentemente, os profissionais ficam mais conscientes de sua responsabilidade individual e coletiva na segurança do paciente.

É o comprometimento com a padronização, a clareza na comunicação e o respeito aos protocolos que transforma a troca de plantão em um momento de reforço da segurança e da continuidade da assistência. A indústria também possui algumas responsabilidades no ecossistema de saúde. A Samtronic, por exemplo, preocupa-se com a segurança dos pacientes ao buscar a confiabilidade em seus produtos e soluções. Nossos softwares aprimorados garantem maior segurança aos procedimentos de infusão, e investimos diariamente em processo de melhorias de nossos produtos

 

Quer aprofundar seus conhecimentos em práticas seguras e protocolos hospitalares? Continue navegando em nosso blog e leia outros textos sobre a segurança do paciente e as melhores práticas para a gestão de riscos na saúde.

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