Redução de riscos em aplicações clínicas com terapias concomitantes

Muitos tratamentos médico-hospitalares exigem a administração simultânea de fármacos e fluidos conhecidos como terapias concomitantes. Dados da World Health Organization mostram que mais de 50% dos danos em pacientes nos cuidados de saúde são evitáveis e metade deles é atribuída a medicamentos. Por isso, a redução de riscos em aplicações clínicas com terapias concomitantes é um fundamento operacional.

Para contextualizar, as terapias concomitantes se referem ao uso simultâneo ou sequencial de múltiplos tratamentos, sejam eles medicamentosos, nutricionais ou de suporte hemodinâmico.

Este cenário desafiador demanda soluções de precisão e segurança. Afinal, a integração de múltiplas terapias em um paciente crítico exige um controle rigoroso para evitar interações medicamentosas perigosas ou falhas na infusão da dose.

Redução de riscos em aplicações clínicas com terapias concomitantes

Quando essas interações ocorrem, podem levar aos seguintes riscos:

• Efeitos farmacodinâmicos: aumento ou redução inesperada da eficácia ou toxicidade dos fármacos. Por exemplo: hipotensão severa pela combinação de anti-hipertensivos.
• Incompatibilidades farmacêuticas: reações físico-químicas que ocorrem fora do organismo, especialmente na linha de infusão, seringa ou frasco, resultando em precipitação, turvação ou perda da potência do medicamento. Por exemplo: a administração concomitante de antibióticos incompatíveis por meio da mesma linha pode formar complexos insolúveis.

Portanto, a redução de riscos neste cenário de aplicação é necessária para a segurança e a credibilidade de qualquer instituição de saúde. Por isso, é decisivo que a tecnologia hospitalar atue contra esses riscos inerentes.

Dito isso, o primeiro passo na redução de erros é a padronização. Isso inclui a criação e o cumprimento de protocolos para:

• Sequenciamento de infusões: definir a ordem ideal de administração e os flushes necessários entre medicamentos incompatíveis.
• Escolha do sítio de infusão: garantir que medicamentos com alto risco de precipitação não sejam administrados na mesma linha, especialmente em pacientes críticos.

O foco também deve estar em capacitar enfermeiros, farmacêuticos e médicos para identificar e gerenciar:

• Incompatibilidades físico-químicas básicas.
• Riscos farmacodinâmicos e farmacocinéticos das combinações mais frequentes.
• O manuseio correto de dispositivos, assegurando que as funcionalidades de segurança (como os alerta de bombas) sejam compreendidas e utilizadas.

Além disso, a administração concomitante de nutrição enteral e infusão intravenosa é um dos maiores perigos. A troca acidental da via (infundir dieta na veia, por exemplo) tem consequências devastadoras.

Portanto, o uso de sistemas de conexão de vias dedicadas, como o conector ENFit na cor roxa para nutrição é uma solução para a reduzir estes erros. Este conector possui um encaixe incompatível com o conector Luer Lock (usado na via intravenosa), o que impede a conexão da seringa enteral na linha venosa.

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Os equipamentos médico-hospitalares na redução de riscos

Embora as bombas de infusão sejam a base da segurança, a atenção se estende aos seus descartáveis. Os equipos e extensores da Samtronic, por exemplo, possuem uma variedade de modelos com conexões seguras que evitam uma infusão incompleta ou o vazamento de medicamentos de alto risco.

Mas a qualidade dos equipamentos e descartáveis, por si só, não elimina o risco. Ela deve ser vista como uma ferramenta dentro de um sistema de segurança mais amplo. O correto manuseio dos produtos, a aderência aos protocolos e o uso das diversas funcionalidades inteligentes são indispensáveis para que o potencial máximo de redução de erros seja alcançado.

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