Os perigos da reutilização de dispositivos hospitalares descartáveis

No ambiente hospitalar, a segurança do paciente é a prioridade máxima. Dessa forma, a adoção de boas práticas, que incluem o uso correto de materiais e equipamentos, é importante para assegurar a qualidade do cuidado.

Levando isso em consideração, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as infecções hospitalares podem ser reduzidas em até 70% com a adoção dessas boas práticas, incluindo o uso correto de materiais descartáveis.

No entanto, o mercado ainda enfrenta um problema grave: a prática ilegal e arriscada de reutilizar dispositivos de uso único. A reutilização deles apresenta graves perigos, principalmente o risco de infecções e a perda da eficácia técnica do produto.

No Brasil, a prática é proibida para uma lista específica de itens pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com a Resolução nº 2.605/2006. Este texto visa detalhar os perigos intrínsecos a essa prática e destacar como a conformidade com as normas é necessária.

A legislação visa certificar a segurança dos pacientes, alinhando-se às práticas internacionais que defendem o uso de materiais descartáveis para procedimentos mais seguros. Afinal, comprometer a integridade de um dispositivo concebido para ser descartável é comprometer a vida e a saúde do paciente.

Portanto, é decisivo que os gestores hospitalares e os profissionais de saúde compreendam os perigos envolvidos, priorizem o descarte seguro e a utilização de materiais novos e certificados. Confira abaixo!

 

Contaminação cruzada e riscos à saúde

A principal ameaça da reutilização reside na dificuldade e, muitas vezes, na impossibilidade de atestar a esterilização completa e eficaz dos produtos reutilizados. Dispositivos médico-hospitalares são projetados com geometrias complexas, tubulações finas, válvulas e microestruturas que podem reter material biológico, como sangue, tecidos, fluidos e microrganismos.

Quando um dispositivo de uso único é reprocessado, mesmo que por métodos que pareçam rigorosos, há um alto risco de falha no processo de esterilização. Consequentemente, a contaminação cruzada se torna uma ameaça real e iminente.

Essa falha aumenta os perigos de infecções hospitalares (IRAS), colocando em risco a recuperação e a vida do paciente que receber o item “reprocessado”.

Por exemplo, considere um produto como a linha de seringas Serisam para bomba de infusão da Samtronic. Estas seringas são certificadas para uso único e são uma parte importante do sistema de infusão de alta precisão.

Sua reutilização, assim como a de um extensor Extenset, é extremamente perigosa. O reprocessamento de componentes plásticos e do êmbolo pode comprometer a vedação interna, resultando em imprecisão volumétrica (diferença entre o volume programado na bomba e o infundido) ou, pior, falha na administração do medicamento.

Além disso, a estrutura interna, mesmo que pareça simples, retém resíduos químicos ou biológicos, representando um foco de infecção e riscos à saúde do paciente.

 

Os perigos na estrutura dos dispositivos

Além do risco biológico, a reutilização compromete a integridade física e o desempenho técnico do produto. Afinal, dispositivos descartáveis são fabricados com materiais para um ciclo de vida limitado.

Processos como lavagem, desinfecção e esterilização (calor, óxido de etileno, radiação) degradam a estrutura do polímero, do plástico ou do metal. Isso pode resultar em:

  • Degradação do material: o reprocessamento pode fragilizar o material, causando rachaduras, vazamento ou falhas mecânicas.
  • Perda de calibração: dispositivos de medição, como aqueles para monitoramento de infusão ou pressão, perdem sua calibração original, resultando em dados incorretos e decisões clínicas equivocadas.

 

Legislação e fiscalização no Brasil

A legislação brasileira é rigorosa em relação à segurança sanitária. Como vimos acima, a Anvisa possui resoluções que proíbem a reutilização de dispositivos de uso único, especialmente aqueles que possam comprometer a esterilidade ou o desempenho.

Além disso, a Anvisa monitora as práticas hospitalares e a fiscalização é decisiva para coibir a prática ilegal de quem reutiliza. É importante ressaltar que a reutilização não se limita apenas ao dispositivo em si, práticas como a reutilização de embalagens de produtos químicos ou a tentativa de reprocessar componentes acessórios também são arriscadas e, portanto, não são recomendadas.

Sendo assim, a adesão às normas é uma obrigação legal e ética. Hospitais que ignoram essa diretriz enfrentam sanções legais, a desconfiança pública e o risco de eventos adversos catastróficos.

 

Aprofunde no assunto: Normas e regulamentações sobre equipamentos médicos

 

Sustentabilidade na área de dispositivos hospitalares

A indústria hospitalar está constantemente desenvolvendo soluções mais seguras e eficientes. Empresas como a Samtronic precisam investir em tecnologias para criar dispositivos que ofereçam a máxima segurança e facilidade de uso em um único ciclo.

Afinal, a verdadeira sustentabilidade, nesse contexto, não está na reutilização arriscada, mas, sim, na gestão eficiente de resíduos e também na escolha de fornecedores que seguem rigorosos padrões de qualidade e conformidade.

A prática de reutilização de dispositivos de uso único é uma falsa economia que coloca em xeque toda a segurança hospitalar. Como você viu até aqui, os perigos são claros e variam desde a contaminação cruzada até a falha técnica do dispositivo.

Por isso, a conformidade com a Anvisa e outros órgãos é inegociável, e a escolha por produtos de fabricantes idôneos, como a Samtronic, que priorizam a segurança e o desempenho, é a única alternativa responsável.

 

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